sexta-feira, 24 de setembro de 2010

1º Ato.

Tenho ensaiado incessantemente o que fazer no momento do reencontro, o que dizer, como agir e todas essas coisas que, na verdade, são meros detalhes diante de tudo que seria realmente importante se isso acontecesse. Penso em tudo, seria perfeito, eu não deixaria nada dar errado, deixaria tudo sem controle, como sempre foi, tudo seria eterno em nós e as mais belas canções de amor embalariam nossa dança, seriamos taxados de loucos, pois ninguém mais seria capaz de ouvir a melodia que ousa tocar somente no coração dos apaixonados. Eu não sei se conseguiria conter as lágrimas, as palavras, o amor, talvez não, mas isso não seria tão mal assim, você me entenderia e ficaria ao meu lado, como sempre, me completando e somando-se a mim, fazendo minha admiração crescer, crescer e crescer como se não houvessem limites para isso.
A verdade é que todo esse rascunho de felicidade é somente mais uma forma de fugir da realidade sem você, sem amor, sem somas ou qualquer outra dose de alegria. Tenho ensaiado viver sem ti, mas qual peça há de ser completa sem o tal anjo que cuida da personagem principal? Não tem. Você vive e eu sigo ensaiando peças sem platéia, sem roteiro e sem nenhuma perspectiva de apresentação ao público.
Que se fechem as cortinas.

3 comentários:

  1. Oi Thainá...Que legal seu blog amei...^^
    Te seguindo ,ok?bjossssssss!

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  2. "Quantas vezes a gente,em busca da ventura,
    Procede tal e qual o avozinho infeliz:
    Em vão,por toda parte,os óculos procura
    Tendo-os na ponta do nariz!"
    (Mário Quintana)

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  3. Essa simplicidade que você põe nos seus textos é o mais cativante. E é isso que nos atinge tão facilmente.
    Estou seguindo e pretendo passar aqui mais vezes. Muito mais vezes.

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