segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Se eu pudesse destruiria tudo, destruiria a cidade, não, destruiria o mundo inteiro de uma vez pra resconstruir ele todo o mais rápido possível de forma que ele fosse perfeito pra você, que você não tivesse problemas, não precisasse fugir. É isso.
- Apenas o fim.

domingo, 29 de agosto de 2010

Não há mais o que dizer...

Ou há. Talvez sejam essas palavras não ditas que teimam em doer aqui dentro de mim, talvez se eu conseguisse vomitá-las, uma por uma, voltasse ao meu estado normal, a alegria. Talvez ainda haja sentimento a ser demonstrado, mas isso já não cabe no curto espaço de um abraço ou num olhar frio, não cabe a mim, nem a você, cabe somente ao tempo a triste missão de apagar um sentimento que, sem interferências, seria eterno. Eterno enquanto dure. Não durou e agora cabe a mim tomar a decisão de seguir a vida, essa vida que já não quero.
Sophia.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O que se aprende na infância.

Quando criança, ela possuía uma bonequinha que, aos olhos alheios, já não tinha valor algum, mas aquele era o seu tesouro, sua boneca preferida. Com o passar do tempo, as pessoas insistiam em mostrar-lhe bonecas novas, mais bonitas, algumas até falavam, mas ela recusava-se a aceitar outra que não fosse aquela que acompanhou-a por muito tempo. Num dia de chuva, sua boneca foi arrastada pela correnteza, ela chorou e correu por todos os lugares atrás daquele objeto com tantos defeitos, mas que era capaz de fazer-lhe feliz. Foi em vão. Muito tempo se passou até que Sophia pudesse se recuperar da dor que é perder algo que se ama, talvez ela ainda não tenha se recuperado totalmente, mas não há nada a se fazer, a correnteza é e sempre será mais forte que ela e talvez mais sábia. Provavelmente hoje a boneca está em outras mãos, talvez alguém que dê o mesmo valor que Sophia dava, assim ela espera. Depois disso, Sophia teve muitas outras bonecas, mais novas, mais bonitas, algumas até falavam, mas é aquela cheia de defeitos que sempre estará nos pensamentos da pequena menina de olhos tristes.

Espelhos.

Tenho a liberdade de repostar um texto que fiz há um ano, mais ou menos, já que os sentimentos são os mesmos.

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Decisões.
Decisões doem, partem o coração, mas Sophia tinha que tomá-las. E ela demorou, demorou muito até ver quais decisões ela iria tomar.
Em geral, as pessoas optam por ter raiva, por odiar aqueles que amaram um dia. Sophia não. Não que ela não queira, é que não consegue.Talvez nem tente, sabe que não vai conseguir. Não tem como sentir raiva de quem um dia a fez tão feliz.. não há como sentir ódio de quem se ama. E mais uma vez Sophia tem que ser forte. E ela é, pode não parecer, mas ela é. Ou tenta ser.
Por mais que doam, as decisões têm que ser tomadas. Os amores têm que ser esquecidos. A página tem que ser virada. A vida tem que ser vivida. E o sorriso, por mais que esconda uma dor, tem que sobreviver a tudo isso.
Sophia, minha pequena Sophia, seu coração transcende os limites do seu corpo, você vai passar por essa.

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Não tenho a esperança de que aconteça a mesma coisa do ano passado, só espero conseguir passar por isso com a cabeça erguida.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A morte.

Ele chegou naquela sala vazia e encontrou-a deitada na cama, triste, vazia de todo afeto que um dia lhe foi proporcionado, olhou e rastejou por aquele metro quadrado que parecia não acabar, ajoelhou-se ao lado da menina de olhos tristes, beijou-lhe na testa e despediu-se querendo não acreditar que o fim tinha chegado e que ali acabavam todos os momentos de infinita alegria entre eles. Ela olhou-o e prometeu amor eterno, mesmo sabendo que ele não era o seu destino, chorou, tentou lutar contra aquilo que parecia inevitável... e era, não conseguiu vencer uma luta em que já havia sido derrotada há tempos, calou-se. Ele olhou fundo naqueles olhos já sem brilho e viu que não havia chances, chorou. Ela pegou em suas mãos, ele apertou com o restante de suas forças e eles sorriram.
Sophia se foi e deixou apenas o seu amor, sempre tão intenso e verdadeiro.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Eu depois de nós.

Como uma das bifurcações de algum rio, que ainda acredita que um encontro seria possível no mar.