Nos reencontramos depois de tanto tempo e eu ainda achei que seríamos os mesmos. Que burra. Você deixou tantas coisas minhas pelo caminho e suas coisas pesavam demais, eu tive que deixá-las também. Hoje tentamos qualquer tipo de aproximação, mas parece impossível, damos alguns passos a frente e a lembrança das dores nos pés por causa da caminhada nos faz voltar, então fingimos ser os mesmos, mas sabemos que não, somos outros. Te ligo e o barulho insuportável do silêncio me faz chorar, penso que ainda conseguimos manter alguma telepatia, mas isso também se perdeu. Parece que acabou, infelizmente.
Quem é você? Eu já não sei. Quem sou eu? Você também não sabe.
Nos perdemos e isso não foi físico, nossos caminhos voltaram a se cruzar mas nossas almas continuam vagando por aí. Talvez se reencontrem um dia, talvez. E aí, meu amor, voltaremos a nos proteger e a nos amar como antes. Como sempre foi. Como nunca deveria deixar de ser.
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