quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Fragmento.
E parece, então, que aquele quarto continuava ali, vazio e escuro, para que eu pudesse entrar às vezes e deitar num canto qualquer, onde passaria a noite lembrando de momentos que não devia e cantarolando músicas que já deveriam ter sido esquecidas. E quando acordasse no outro dia, com os olhos pequenos depois de tantas lágrimas, traria alguns móveis, um som com novos discos, e até um quadro para pôr na parede verde e arrumaria tudo pra criar um novo ambiente, daí eu dormiria com um sorriso enferrujado no rosto, sabendo que aquele ainda era, mesmo depois da mudança, o seu quarto. O nosso quarto.
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Mesmo escuro ou sendo pintado, com móveis novos, ele será o mesmo até o final. Gostei muito do que você quis dizer através de um simples quarto que significa tanto.
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